segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Análise: The Legend of Zelda - Ocarina of Time 3D. (Nintendo 3DS)

By Michel Zaneli

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Nunca esquecerei aquele ano de 1998 assistindo um comercial, quando um jovem de túnica verde galopava no campo e depois aparecia uma criança retirando a espada no melhor estilo da lenda do Rei Arthur, e no final de tantas cenas o título The Legend of Zelda: Ocarina of Time brilhando me impressionou. Quando aquilo apareceu não tenho dúvidas de que diversos gamers ficaram estarrecidos com essas cenas e loucos para jogar aquela nova aventura, que no meu caso foi a primeira da série The Legend of Zelda. O jogo tinha a ambientação perfeita, cenários incríveis, gráficos muito bem trabalhados para o Nintendo 64 e trilha sonora que gruda na cabeça de um jeito que quando ia para a escola ficava cantarolando sempre.
Depois os anos se passaram, e vieram outros títulos da série. Até que no ano de 2011 a Nintendo divulga o lançamento de The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D para o novo portátil da Big N, o Nintendo 3DS. Todos se perguntaram como eles poderiam pegar um clássico e transformá-lo em algo melhor que o original? E digo que ficou incrível. Tudo ficou bem melhor na tela do 3DS, gráfico incrível, a trilha sonora se manteve, mas o segredo de todo o seu sucesso é a nostalgia! Sim, ela conta e muito. E também não podemos esquecer que quem nunca se aventurou por Hyrule teve essa grande oportunidade de passar por essa experiência.
Para quem não conhece esta franquia, esse foi o primeiro jogo a explicar detalhadamente a origem de Hyrule, os poderes da Triforce e também contar a história do vilão Ganondorf. O jogo segue todos os padrões apresentados no Nintendo 64 apresentando Link um Kokori que vive nas florestas. Todo Kokori tem sua fada e nunca envelhece pela magia que a floresta traz, deixando todos eles crianças para sempre, só o Link ainda não tem uma fada. Chega então o dia que ele recebe sua fada Navi e ela jura protegê-lo e levá-lo a grande árvore Deku, e com isso uma épica aventura é apresentada, com várias revelações sobre Link, e seu papel como Heroi do Tempo.  No Nintendo 3DS ficou tudo ainda melhor, por exemplo, sua câmera giroscópica segue aonde você mexer o aparelho na visão em primeira pessoa. A Ocarina, o instrumento musical por trás do título do jogo, tem sua lista de música na tela de baixo do aparelho ajudando aqueles que não conseguem decorá-las. A novidade também pode ser vista logo no início do jogo onde o espaço para guardar os itens aumentou, já que é necessário um espaço próprio para acessar a Ocarina.

                                                   

Link criança e depois adulto como Heroi do Tempo.
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Outra novidade fica por conta do trabalho nos cenários e fases do jogo, para quem é novato não verá nenhuma diferença, mas para os jogadores de longa data vemos novidades como pôsteres espalhados pelo jogo, alguns deles têm até papéis de parede de Skyward Sword do Nintendo Wii. Detalhes das casas, vasos, quartos, ficaram como novos neste Ocarina of Time 3D. As fases (dungeons) também ficaram excelentes, cada uma com a sua característica e dificuldade própria, porém, algumas com novidades como na famigerada Water Temple onde o nível da água é indicando por cores específicas para cada nível, antes no Nintendo 64 era impossível você não se perder com facilidade. Não posso esquecer também que no uso da Iron Boots agora basta colocá-la em algum espaço na tela de itens do 3DS e pronto, só clicar nela para colocar ou tirará-las.

Um pouco da grandiosidade do poderio gráfico do portátil.
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Extras também foram incluídos para trazer mais alegria aos nostálgicos, o modo Boss Battle encontra-se clicando na cama do Link para o caso de você querer enfrentá-los novamente. E após finalizar o clássico do Nintendo 64, a dificuldade Master Quest é habilitada. Nela o dano recebido pelos inimigos é dobrado, o jogo é totalmente espelhado mudando a ordem das fases e itens. Este modo era do antigo console Nintendo GameCube. Inimigos mais fortes também já aparecem na primeira fase nesse modo, então se preparem para surpresas.
Muitos ainda devem se perguntar se essa pode ser uma boa aquisição, pois é um jogo já considerado antigo, velho aos padrões de hoje, mas eu respondo: SIM, ele merece ser revisitado, concluir todas as fases, pegar todos os itens e enfrentar o vilão Ganon com o efeito 3D é algo que não tem preço no portátil. No ano de 1998 este jogo foi um sucesso por sua história, jogabilidade e trilha sonora que marcaram e influenciaram outros games em geral. Inovou em movimentos que hoje são padrões em qualquer jogo de ação, mostrou que não era preciso CG's impressionantes para prender o jogador. Foi eleito o melhor do ano e o melhor jogo de todos os tempos pelas boas lembranças que ele nos proporcionou. Sua magia é única, mesmo seguindo a história padrão de salvar a princesa das garras do tirano, ele te transporta para o mundo de Hyrule onde os acontecimentos dele são feitos entre Link criança e Link adulto, fazendo de você o elo entre o passado, presente e futuro. Por isso recomendo a todos, este jogo incrível, pela sua essência e impacto ainda pode agradar a muitos.
Persistência, grandes combates e sede de desvendar o desconhecido são os ingredientes desse clássico que ainda fará história por gerações, seja nos consoles ou portátil, é item obrigatório para qualquer jogador.



Abraços a todos e aguardem, pois, muitas análises ainda virão. Até mais!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cassandra Clare e seus Instrumentos Mortais

By Leticia Sena

A série Instrumentos Mortais, obra da escritora norte-americana, nascida no Irã, Cassandra Clare, teve o seu primeiro livro publicado no Brasil em 2010, com o título de Cidade dos Ossos, e suas continuações lançadas nos anos subsequentes, Cidade das Cinzas e Cidade de Vidro em 2011, Cidade dos anjos caídos em 2012, Cidade das Almas Perdidas em 2013, e o encerramento da saga em 2014 com Cidade do Fogo Celestial.
Uma série de fantasia para leitor nenhum botar defeito, personagens bem desenvolvidos, vilões carismáticos, uma narração fluida e cheia de ação, uma leitura gostosa, leve e simples, bem indicada para aqueles momentos em que não suportamos mais a pressão dos dias modernos e queremos apenas nos refugiar em um mundo mais interessante, cheio de ação e criaturas sobrenaturais. Não faltam no universo dessa série vampiros, lobisomens, feiticeiros, fadas e é claro as “estrelinhas” da história, os corajosos shadowhunters (traduzido fielmente para o português como caçadores de sombras).
Bem a história se desenvolve de forma maravilhosa, conhecemos Clary, uma garota simples que ao comemorar seu aniversário de 16 anos enxerga a morte de um demônio numa boate, e depois descobre que é a única a ver os caçadores de sombras. E não é só isso, ela também faz parte dessa raça de caçadores, uma vez que ela descobre que sua própria mãe era uma grande guerreira. Não entrarei em detalhes, mas a narrativa flui de forma excelente até o terceiro livro (Cidade de Vidro), com um vilão por quem é super fácil se apaixonar e um desfecho de tirar o fôlego, esse é um daqueles livros em que não se consegue desgrudar da história nas últimas 100 páginas nem que esteja acontecendo um incêndio na sua casa. Esse é o ponto em que como leitora, tiro o meu chapéu para a mega simpática Cassandra Clare, e agradeço pelos momentos maravilhosos que passei ao lado de seus personagens. Para mim a história seria mais do que perfeita e a leitura simplesmente deliciosa se tivesse acabado ali. A partir desse ponto, perdemos um dos melhores vilões que já tive o prazer de conhecer, e a história perde um pouco do ritmo, em minha opinião, principalmente por trazer um enfoque maior no casal principal da história Clary e Jace, e em um determinado momento ficamos presos às impressões, experiências e desejos sexuais ou não dos dois.
O bad boy introduzido após Valentim, Sebastian, não é tão bom, nem tão esperto quanto este, nem alcança o brilhantismo do personagem anterior, e além dessa falta de carisma, sua relação nada saudável com Clary deixa os acontecimentos dos três últimos livros um pouco maçantes. Em um dos últimos livros Jace meio que perde o controle do próprio corpo, e toda a fase de, outra pessoa controlando-o, fica muito repetitiva. Na verdade as partes boas dos últimos livros sempre se referem a personagens secundários como Isabelle, Simon, Maia, Alec, Magnus e etc.
Minhas críticas à série de livros terminam por aí, exceto pelo fato de que esteticamente, eu realmente não gosto das capas lançadas no Brasil. Ok é bonitinho o fato de elas serem brilhantes, mas meio corpo de alguns personagens pra mim é um tanto brega, e depois de algum tempo o brilho das capas acaba sumindo,  mas enfim: “Nunca julgue um livro pela capa.”
Agora vamos a assuntos polêmicos sobre a obra de Cassandra Clare: cuidado, a partir daqui podem existir alguns spoilers...


1. O filme Cidade dos Ossos: 


Da esquerda para a direita: Simon Lewis(Robert Sheehan), Jace(Jaime Campbell), Clary Fray (Lily Collins), Alec Lightwood (Kevin Zegers), Isabelle Lightwood (Jemima West).

Apesar de todas as críticas dos fãs, eu curto bastante o cast desse filme. O Jace da minha imaginação seria fisicamente idêntico ao Jamie Campbell se este fosse um pouquinho mais musculoso. Já Lily Collins em nada se parecia com a Clary que eu imaginava, mas surpreendeu pela atuação, e se tivesse ficado com o cabelo um pouco mais puxado para o ruivo natural, seria perfeita no papel. Já a minha Isabelle Lightwood imaginária seria uma versão bem jovem da Catherine Zeta-Jones, mas vamos combinar que isso é um tanto quanto difícil de conseguir. O resto dos personagens do filme seriam todos muito bons se esquecêssemos do Valentin, aliás, o filme inteiro seria muito bom se esquecêssemos do Valentin, vou explicar por que. No livro nós encontramos um vilão maduro, inteligente, cruel e manipulador e todas essas qualidades o tornam uma pessoa sedutora, afinal o cara era o líder da revolução de sua época e ninguém segue uma pessoa burra e impulsiva. Já na adaptação cinematográfica da obra é exatamente o que vemos, um Valentin caprichoso, impulsivo, burro e sem carisma. Não que a atuação de Jonathan Rhys Meyers deixe a desejar, na minha opinião o que aconteceu foi um pequeno problema de roteiro e uma inegável falta de verba para que o filme pudesse ser tudo o que o livro apresenta. Digo isso por que uma boa parte do filme é surpreendentemente fiel à obra literária, porém do meio para o final, exatamente no momento em que aparece o Valentin a coisa toda desanda de uma forma inexplicável e a história se desenrola num turbilhão de acontecimentos atropelados que nos fazem não desejarmos termos começado a assistir o bendito filme. De qualquer forma, se o filme tivesse mantido o ritmo do começo ao fim, teria sido uma adaptação épica.

2. – A série Shadowhunters:

Da esquerda para a direita Magnus Bane (Harry Shum), Alec Lightwood (Matthew Daddario), Clary Fray (Katherine McNamara), Jace (Dominic Sherwood), Isabelle Lightwood (Emeraude Toubia) e Simon Lewis (Alberto Rosende).

Se apresentei criticas quanto a adaptação cinematográfica, o que dizer da série apresentada pelo Netflix? A mim, nem o cast agradou. Além de atores muito velhos para interpretarem adolescentes, e aqui a exceção à regra fica a cargo da atriz Katherine Mcnamara, as atuações também deixam a desejar, assim como os efeitos especiais e algumas adaptações feitas à história original, como parece que irá acontecer nos casos dos personagens Madame Dorothea interpretada pela atriz Vanessa Matsuri e Maureen Brown interpretada pela atriz Shailene Garrett, essas mudanças não me parecem ter uma grande promessa de sucesso. Não direi exatamente quais foram as mudanças em relação a obra original e a série, por que estou me esforçando muito para não soltar muitos spoilers. Os seguidores de Valentin ficaram parecendo personagens malvados pertencentes à organização do filme MIB - Homens de preto.
No geral a série me decepcionou bastante, principalmente por que a desculpa que sempre ouvimos quando uma adaptação cinematográfica sai muito diferente da obra original é que, no filme não há tempo hábil para se abordar todos os acontecimentos do livro, então inocentemente imaginei que a série seria mais fiel ao livro do que foi o filme.
Nas redes sociais li alguns comentários preconceituosos a respeito do ator que interpreta Luke Garroway (Isaiah Mustafa) ser negro, e achei todos eles bastante contraditórios uma vez que a própria Cassandra Clare procura englobar de forma igualitária em sua obra todos os tipos de pessoas, uma coisa que por mais que estejamos no século XXI é bem difícil de encontrar.

3. – Curiosidades:


Eu pegando o autógrafo da Cassandra Clare, não reparem o meu estado, foram muitas horas de fila nesse dia.

Em 2014, Cassandra Clare visitou São Paulo durante a 23° Bienal Internacional do Livro, e simplesmente arrastou multidões por onde passou. E não é para menos, a autora se dedica bastante aos fãs e deu atenção a maior quantidade de gente que conseguiu nessa ocasião. Eu tive a sorte de, com bastante esforço, estar entre as pessoas que conseguiram pegar a senha para ver de perto a idealizadora do universo de Instrumentos Mortais e conseguir alguns autógrafos em meus livros. Nessa ocasião, Clare tentou manter o maior contato que conseguiu com os fãs, mesmo que a falta de conhecimento do nosso idioma atrapalhasse um pouquinho a comunicação, o que deixou muitos dos que saiam da fila felizes, a níveis de euforia.
Em pergunta feita pela minha irmã durante a Bienal, Cassandra declarou que o livro que mudou a sua vida foi a série Harry Potter.
Durante a essa Bienal do livro a Editora Galera Record lançou uma edição de colecionador que nada mais é do que um compilado de Cidade dos Ossos e Cidade das Cinzas, que é simplesmente lindo, com a capa toda cromada e cheio de runas, completamente apaixonante, e esse foi um dos livros que levei para ser autografado.


Ao contrário do que acontece com a maioria das histórias, o casal preferido da maioria dos fãs não gira em torno de mocinha e mocinho, ou de mocinha e anti-herói. A grande maioria dos admiradores concordam que o casal mais interessante e divertido da saga Instrumentos Mortais é Alec e Magnus.
Cassandra Clare já publicou sobre o mesmo universo 11 livros, sendo eles os seis já tão citados que fazem parte da série Instrumentos Mortais, três pertencentes a série Peças Infernais (Anjo Mecânico, Príncipe Mecânico e Princesa Mecânica), O Codex dos Caçadores de Sombras, As crônicas de Bane e, “Tales from the shadowhunter Academy” (10 contos lançados em formato digital, porém com lançamento em formato físico e ilustrado, previsto para 15 de novembro de 2016), por não ter dado o encerramento que deseja a essas histórias, outros livros ainda serão publicados abordando o mesmo universo e as situações particulares de alguns personagens, por esse motivo a autora decidiu chamar o conjunto da obra que aborda todos as histórias desse universo de “The Shadowhunter Chronicles” (As crônicas dos caçadores de sombras). Em parceira com a autora Holly Black já foram publicados no Brasil os livros, Desafio de ferro e A luva de cobre.


Cassandra Clare

Apesar da taxação bastante preconceituosa de literatura teen, o universo cheio de ação sobrenatural criado por Cassandra Clare, é extremamente envolvente, emocionante e bem desenvolvido, certamente é uma obra que ainda tem muito potencial de crescimento, e pode ser lida mais de uma vez causando o mesmo impacto que se tem na ocasião da primeira leitura.

P. S. Alguns nomes e sobrenomes de personagens foram ocultados para evitar spoilers.
Espero que tenham gostado! Até a próxima Melons... 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Exposição: O Mundo de Tim Burton

por Érika Barbosa

No começo de 2015 já se falava sobre ela e finalmente a exposição mais aguardada de 2016, O Mundo de Tim Burton, chegou com enorme bilheteria na sua estréia em fevereiro no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.
Com ingressos esgotados para quase toda temporada, está sendo uma das exposições mais comentadas e os Balrogs estiveram por lá para conferir esse alvoroço e dividir com vocês!


Para quem não o conhece, o que é algo bastante difícil, Tim Burton é o gênio de fama internacional por trás de "Edward mãos de tesoura", "O estranho mundo de Jack", "A noiva cadáver" entre outros. Cineasta, ilustrador, escritor, fotografo e um artista multifacetado, Tim é o mestre que funde comédia e terror de forma a criar obras encantadoras que despertam sentimentos profundos e nos fazem olhar com carinho os personagens grotescos e nos identificarmos com os roteiros.


Em uma exposição grandiosa que já passou por diversos países do mundo e desembarca pela primeira vez na América Latina, com grande honra no Brasil, é impossível não notar que cada mínimo detalhe foi projetado para ser uma experiência incrível, e  que apesar de ter chego em nossas terras tupiniquins com menos material do que foi exposto na Europa - como o figurino de Batman: o Retorno - é de encher os olhos e o coração com a riqueza do mundo Burtonesco.
A exposição é dividida em 7 alas, cada qual representando uma faceta do artista, nos convida a embarcar na criativa mente do autor, nas quais podemos contemplar desde esboços em guardanapos a desenhos de projetos não realizados, além de poder desfrutar alegria de observar desenhos, pinturas, notas de roteiro, storyboards e bonecos de nossos filmes e animações favoritos da carreira de Tim Burton.


Abrigando com maestria uma exposição tão concorrida, o MIS, em colaboração com a curadora Jenny He, conseguiu refletir brilhantemente o tão característico estilo de Tim: das paredes ao teto você está imerso nesse universo colorido em cores fortes, repleto de listras e personagens encantadoramente melancólicos.  Cheia de interatividade, podemos nos divertir com placas que projetam filmes em um fundo branco, conhecer mais profundamente a produção dos filmes em totens informativos, assistir pequenas produções e até voltar a ser criança embarcando em um escorregador para acessar um dos pisos da exposição.
Para os fãs falamos com todas as letras: será uma experiência inesquecível. Para os ainda não fãs, recomendamos com entusiasmo e temos certeza que essa exposição irá te cativar. Só é preciso abrir o coração e enxergar o mundo como o admirável Tim Burton, não muito bem ajustado das idéias.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lá e de volta outra vez...

Nos últimos anos, temos visto o retorno de várias franquias à Cultura Pop, seja na literatura, cinema ou TV. Estes retornos têm o desafio de apresentar antigas histórias tão conhecidas de um público mais velho à um novo público, que muitas vezes não teve acesso ao material original, sem desrespeitar os fãs e manter-se fiel ao que já foi produzido. Sejam bem sucedidas ou não, cada vez menos produções originais têm sido apresentadas, e em troca, temos várias continuações, remakes, reboots e retornos. Aqui apresentamos alguns retornos bem sucedidos e alguns que ainda estão por vir e que parecem promissores.

Sobre Animês e Mangás:


Sakura Card Captor, Rurouni Kenshin

By Erika

E na onda de revival de mangás e animês, logo após o super comentado Sailor Moon Crystal que abalou o coração de milhares de fãs saudosistas e dividiu opiniões sobre a qualidade do projeto, é a vez de Sakura Card Captors deixar todos na expectativa com o anuncio de um retorno!
A revista Nakayoshi, uma das mais importantes revistas japonesas de pré-publicações de mangá Shoujo , anunciou que em comemoração a celebração de 20 anos do mangá de Sakura Card Captors haverá o lançamento de um novo projeto, guardado a sete chaves e sem nenhuma outra informação liberada até o momento. Essa publicação demorará para chegar em terras Tupiniquins, mas já é uma esperança para que almejava ver Sakura e sua turma em conteúdo novo.
E não tão novo, mas nos prestigiando com diversos lançamentos, está Rurouni Kenshin, ou Samurai X como o título chegou ao Brasil em idos de 1999. Depois do enorme sucesso que os Live Actions alcançaram em diversas partes do mundo com a brilhante adaptação do mangá para as telas e o relançamento do mangá no Brasil pela JBC, dia 10/02 chegou as bancas o novo lançamento: Rurouni Kenshin Tokuhitsuban.
Com o formato em 2 volumes apenas, Nobuhiro Watsuki traz em Tokuhitsuban uma nova roupagem para a história clássica do mangá de Rurouni Kenshin com novas aventuras e um traço reformulado!
Logo mais traremos mais novidades sobre o Tokuhitsuban, fiquem de olho! Palavra de Balrog!



Berserk

By Michel

Quando penso em enumerar minhas séries de animes/ favoritas logo vem à mente o que eu considero o líder dessa lista: FullMetal Alchemist (isso vale para as duas séries, o primeiro e o BrotherHood), e logo abaixo dessa incrível série vem Berserk, o segundo lugar da minha lista.
Berserk está em produção desde 1988, é desenhado e produzido por Kentaro Miura, se passa num mundo medieval-fantasia, com armaduras e muito sangue, representando uma realidade muito próxima à própria Idade Média. O traço artístico de Kentaro Miura é incrivelmente rico em detalhes, e a série foi crescendo e nos apresentando Gutts na sua luta contra demônios e aberrações surreais, apesar de o mesmo ter aquela postura de lobo solitário, aos poucos se descobre o porquê dele ter esse jeitão marrento e como ele é acompanhado pelo elfo Puck e sua amiga/namorada Caska. O mangá continua a ser escrito até hoje, deixando os fãs agoniados e ansiosos com o desfecho da história.
Foi lançado um anime entre 1997 e 1998 com o total de 25 episódios, deixando muita coisa da história sem explicação. Só em 2012 foi distribuída uma trilogia de filmes que recontaria a antiga série animada e prometia explicar com mais detalhes partes importantes que só foram apresentadas no mangá. O filme é um sucesso tremendo, muito bem trabalhado, porém a proposta não foi alcançada e a obra foi finalizada no mesmo momento da história que a série de 1997.
Berserk já é um sucesso, temos total certeza disso, não é à toa que exerce clara influência em obras como no anime Claymore, e jogos como Demon’s Souls e Dark Souls. A parte triste mesmo é acompanhar toda essa série e ver a repetição de animes, jogos e filmes sendo releituras de algo que já foi passado no mangá, e a única novidade mesmo fica por conta desse anúncio da estreia da nova série animada, com data prevista para Julho de 2016. Pois fiquem espertos, turma que acompanha o 42 Balrogs, para mais informações por aqui.


Um grande abraço a todos, e se quiserem saber mais detalhes dessa grandiosa série, é só pedir nos comentários que adoraríamos responder seus pedidos.

Sobre séries:

Arquivo X

By Luthy

Acho que Arquivo X é a série de ficção científica mais famosa que existe. Teve início em 1993 e um aparente e decepcionante final em 2006. Com previsão para retorno apenas em filme, como foi o caso de Arquivo X: Eu quero acreditar, de 2008.
Para aquelas pessoas atípicas que nunca assistiram, a série mostra o cotidiano dos agentes especiais do FBI, Fox Mulder (David Duchovy) e Dana Scully (Gillian Anderson), que investigam casos considerados paranormais. Com produção de Chris Carter a série teve grande sucesso inclusive quando foi transmitida no Brasil, porém o final deixou a desejar e foi motivo da insatisfação até dos fãs mais ferrenhos.
A produção da série teve seu retorno em 2016, com a mesma cast de sucesso da série clássica, já que um dos grandes erros das ultimas temporadas foi tentar enfiar goela abaixo dos fãs, os agentes que ficariam no lugar de Mulder e Scully, John Doggett (Robert Patric) e Monica Reyes (Annabeth Gish).
E aliás foi um retorno para fã nenhum botar defeito, temperado com tudo aquilo que mais adoramos em Arquivo X, muita teoria da conspiração, histórias absurdas, porém fáceis de acreditar, Mulder e Scully, “eu quero acreditar”, e é claro a grande e maravilhosa polêmica sobre a existência de extraterrestres e o contato deles com os seres humanos.

 
Dana Scully (Gillian Anderson) e Fox Mulder (David Duchovny)

Gilmore Girls:

By Ana

Seriado aclamado pela critica no início dos anos 2000, Gilmore Girls ficou conhecido no Brasil como "Tal mãe, tal filha" quando passou a ser veiculado pelo SBT nas tardes de sábado. Conta a história de Lorelai (Lauren Graham (mãe)) e Rory (Alexis Bledel (filha)) Gilmore, moradoras da pacifica, interessante e fictícia cidade de Stars Hollow. Os relacionamentos das garotas Gilmore com seus pais, namorados e os peculiares moradores da cidade, os conflitos de gerações e de classes sociais são o foco desta divertida série de diálogos rápidos, referências a filmes e livros e muita (MUITA!) comida.
Os fãs foram contemplados em 2016 com a proposta da Netflix de trazer de volta as garotas Gilmore e (quase) todos os personagens de  Stars Hollow. As excessões ficam por conta do carismático ator Edward Herman (falecido em 2015) e a atriz Melissa McCarty, que interpretavam, respectivamente, Richard Gilmore (pai de Lorelai Gilmore) e Sookie StJames.
Minha surpresa, e alegria dos que ainda apostam na dupla Rory e Dean, foi a confirmação do ator Jared Padalecki, que deverá reencontrar uma das poucas namoradas que não foi sequestrada por seres demoníacos...
A continuação da série, chamada Gilmore Girls: Seasons contará, a princípio, com quatro capítulos de 90 minutos e ainda não tem data de estréia marcada. Resta-nos esperar...



Filmes


Blade Runner

By Felipe Loureiro


Inspirado pela obra de Phillip K. Dick e levado às telonas por Ridley Scott nos anos 80, o melancólico Blade Runner teve uma recepção abaixo da espera, tendo sido criticado por seu ritmo e não atraído a atenção do público em geral. Com o passar dos anos, acabou caindo no gosto de outra geração, tornando-se um aclamado filme cult, sendo hoje considerado por muitos como uma das maiores obras de ficção científica já realizadas na sétima arte. Com uma dose de existencialismo levemente irônico em uma linguagem noir, a obra nos apresenta um futuro pessimista e melancólico onde o planeta Terra está à beira do esgotamento pela raça humana, que inicia a colonização espacial utilizando-se de seres geneticamente alterados para realizar as tarefas perigosas e degradantes nas novas colônias humanas, os replicantes. Após uma revolta, a presença destes é proibida no planeta e é criada uma divisão especial para caçar e “aposentar” os replicantes encontrados na Terra, a divisão Blade Runner.
Uma sequência para o filme tem seu lançamento marcado para Janeiro de 2018, mais de 35 anos após o original. Pouco se sabe sobre a produção, elenco ou roteiro, além de que a direção fica por conta de Denis Vileneuve e que Ryan Gosling será o protagonista de uma trama onde Rick Deckard, personagem de Harrison Ford, será parte fundamental, passando-se algumas décadas após a produção original. As filmagens estão marcadas para Julho, onde provavelmente teremos mais informações sobre a produção.
Tanto o filme de Scott quanto o conto de Phillip K. DickAndroides sonham com ovelhas elétricas?” – que foi republicado recentemente pela Aleph – são altamente recomendados para os amantes de ficção-científica, se você não conhece, confira e marque na sua agenda. 2018 é logo ali!



Abordamos aqui apenas o retorno de alguns dos grandes nomes da cultura pop. Verificamos nas últimas décadas um grande movimento no regresso de nomes de sucesso do cinema, literatura e TV, como é o caso de outras franquias de peso como o universo mágico de Harry Potter, que retorna com o filme Animais fantásticos e onde habitam e o livro Harry Potter and the Cursed Child, a série Friends que “retorna” após 11 anos da apresentação de seu último episódio, as famosas franquias cinematográficas Star Wars, Jurassic Park e Caça fantasmas, e na TV podemos contar com o retorno de séries de renome como Três é demais, Um maluco no pedaço, 24 horas, Prison Break, entre outras.
Certamente nós balrogs nos esforçaremos em cobrir da melhor forma todos esses retornos que prometem abalar nossas emoções.

Espero que tenham gostado! Até a próxima.