segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Califado, mais próximo de nós do que poderíamos querer.


Olá, Tudo bem? Lii aqui estreando.
E fiquei pensando como começar essa jornada ao lado de bons guerreiros e amigos? Nada melhor que com indicação de coisa boa!
Nos últimos tempos ando bem parada em relação a leituras, séries e filmes, essa pandemia tem exigido demais no campo profissional (quem está em home office e não está trabalhando o triplo, não está em home office certo). Mas, o pouco que consegui ver e maratonar na Netflix foram duas séries sensacionais. Uma foi Dark, que poderia falar sobre ela, mas como todos sabem o hype que esta tem em cima de si, ia cair no mais do mesmo; então resolvi falar de Califado.
Califado, é uma série de drama da Suécia, que foi lançada na plataforma de Streaming em 2020, contando com uma temporada (espero que por enquanto, rezo por mais), e é composta de oito episódios.
A premissa de Califado é a crescente difusão de grupos islâmicos extremistas (Jihadistas) no meio jovem, seja nos de origem islâmicos ou nos próprios europeus suecos. Esses grupos planejam ataques em nome de sua religião, ainda no núcleo sueco mostra o cotidiano de Fátima
Fátima
uma detetive que se envolve na investigação desses grupos extremistas. No outro ponto da série se passa na Síria, invadida e controlada por Jihadistas, e o nosso olhar naquele caos vem da Pervin, jovem casada Hussam, ambos recrutados na Suécia e seduzidos pelos preceitos do Alcorão nos discursos jihades, e convencidos a viver na Síria para integrar a luta contra os ocidentais vistos como infiéis. Pervin, com uma bebê de colo, desapontada e sentindo-se enganada, tenta de qualquer maneira fugir daquilo com sua filha e voltar a Suécia, querendo dar a sua filha a oportunidade de uma vida livre, longe da violência, e da opressão social e religiosa que a menina teria por ser mulher e muçulmana. Os núcleos se envolvem quando Pervin consegue contato com a detetive Fátima buscando ajuda para escapar dali, em troca de descobrir segredos de ataques terroristas que estão sendo planejados na Suécia.
Hussam e Pervin

Poderia ficar horas aqui discorrendo de fatores históricos, cinematográficos, filosóficos a cerca da condição humana etc; já que tudo nessa série é impecável; mas não o vou.
O ponto que acho acima de tudo de extrema importância é refletir sobre fanatismo religioso! Não, falo do islamismo, pois assim como qualquer religião tem varias vertentes, olhares e viveres, e não cabe a ninguém julgar se é bom ou mau; falo de qualquer religião, que pode ser olhada com extremo fanatismo que ceifa, extermina, julga, persegue, condena e até mata em nome de sua fé, em nome  do que se acredita, do que acha que é o certo através do seu olhar.
A série aborda um fato que tem realmente acontecido, o crescimento desses grupos nos meios jovens na Europa, mas podemos facilmente trocar o islamismo pelo cristianismo, hinduísmo ou qualquer outra religião. Nos faz refletir de qual a função da religião em nossas vidas, e como é tênue a linha que liberta e aprisiona dentro das religiões.
Enfim, aconselho a todos assistirem, com mente aberta, nunca com preconceito, e crendo que todo muçulmano, é terrorista (claro que não, pois eles por mais que não pareçam os extremistas-terroristas são mínimos, deentro de uma religião milenar e fascinante de ser entendida e estudada), mas que assista para refletirmos do nosso cotidiano brasileiro, será que estamos distantes de cair em um extremismo? Será que o fanatismo religioso não nos assombra, como um fantasma que sem vermos se apodera das nossas bancadas e começam a ameaçar e a minar direitos básicos e dignos? Será que não caminhamos sem perceber para uma "Teocracia"? Será que deixarmos a religião se misturar com Estado é algo benéfico. Fica aqui a reflexão.
Bem, me despeço, beijos a todxs e até a próxima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário